segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Portuguesa perde quatro pontos no STJD, e Flu escapa da Série B 2014

stjd
Portuguesa foi condenada pelo STJD em julgamento nesta segunda-feira a perder quatro pontos no Brasileirão por causa da escalação irregular do meia Héverton, contra o Grêmio. Como consequência da decisão, que cabe recurso, a Lusa troca de lugar com o Fluminense na zona do rebaixamento. A Portuguesa, que foi multada em R$ 1 mil, tem três dias para recorrer da decisão e levar o caso ao Pleno do STJD.
- Imagina o caos que se tornaria o campeonato. Outros clubes cumpriram a regra. E agora? Eles vão poder voltar ao Tribunal? O erro foi primário e a Portuguesa descumpriu a regra - foi uma das alegações do relator do caso, o auditor Felipe Bevilacqua, que foi acompanhado pelos outros quatro votantes da Primeira Comissão Disciplinar do STJD.
O julgamento foi cercado de atenção. A sessão ficou completamente lotada. Advogados, imprensa e espectadores ficaram apertados na sala. Enquanto isso, a torcida do Fluminense gritava na porta do prédio do Tribunal. 
Por parte da Portuguesa, o presidente do clube, Manoel da Conceição Ferreira, o Manoel da Lupa, e Valdir Rocha, do departamento jurídico, prestaram depoimento e tentaram alegar que o clube se valeu de um programa feito para CBF para controlar as suspensões, mas o argumento não convenceu, já que o Regulamento Geral de Competições da CBF dizer que a responsabilidade pela contagem é do clube.
O advogado João Zanforlin esteve em causa da Lusa. Ele usou argumentos pouco técnicos, apelando mais pelo lado "boleiro" do direito, citando casos
- Esse jogo valia alguma coisa? Não valia nada. Não admito que façam piada com os portugueses. Se condenarmos a Portuguesa por isso, vamos instituir a mutreta, a fraude no futebol brasileiro. Esse menino Héverton foi igual a chuchu. Não fez mal, não fez bem. Aí vão rebaixar a Portuguesa? - argumentou Zanforlin.
Flamengo e Fluminese entraram no processo como terceiros interessados. O advogado do Fla, Michel Assef Filho, adotou um tom técnico, pedindo pelo entendimento de que o clube não deveria ser punido pela suspensão de um jogador na sexta-feira, já que o recurso, segundo ele, foi impedido por falta de tempo. 
Já Mário Bittencourt adotou um tom bem mais incisivo.
- Houve uma mudança durante a semana. Foi deixado de lado a parte técnica e, para mudar a opinião pública, foi passado para o lado emocional. Antes do princípio da moralidade, vem o princípio da legalidade. Para ter moralidade, é preciso legalidade. Não vou chover no molhado e ficar explicando que a suspensão começa no dia seguinte - disse Bittencourt.
O entendimento do advogado do Fluminense foi o mesmo dos auditores. 
- É obvio que a Portuguesa agiu por negligência - sentenciou o presidente da Comissão, Paulo Valed Perry, que foi o último a votar, fechando o placar de 5 a 0.
Ao saber do resultado a torcida do Flu comemorou como título. Mas este foi apenas o primeiro julgamento. A expectativa é que até o dia 27 a sessão do Pleno aconteça.

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