segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Polícia Civil desarticula quadrilha de estelionatários que atuava em quatro estados

Instituições financeiras em quatro estados foram alvos da quadtilha

Quadrilha de estelionatários foi desarticulada nesta segunda

Uma das maiores quadrilhas de estelionatários do país foi desarticulada, nesta segunda-feira(11), por policiais da 54ª DP (Belford Roxo). O grupo praticava golpes milionários em instituições financeiras no Rio, Espírito Santo, Bahia e Paraná e em dois anos chegou a faturar mais de R$ 37 milhões. Quinze pessoas foram presas, entre elas o ex-candidato a deputado federal e vereador Rogeiro Manso Moreira, chefe do esquema.  
“É uma quadrilha que age, principalmente na Baixada Fluminense, mas tem tentáculos em outros estados também. O Rogério que é o principal articulador, já era investigado por estelionato. Outro integrante da quadrilha também tem 13 anotações criminais por estelionato”, destacou o delegado Felipe Curi, titular da 54ª DP.
De acordo com o delegado, as investigações, que contaram com apoio do Laboratório de Lavagem de Dinheiro da Polícia Civil (LAB-LD),  tiveram início há cerca de sete meses a partir de um inquérito que apurava a participação de Rogério em um estelionato. A partir de quebras de sigilo telefônico e bancário, monitoramento e inteligência os agentes chegaram ao grupo que é formado por um advogado, um contador, um despachante, um sargento do exército, empresários, lobistas e o assessor de gabinete da prefeitura de Belford Roxo. Trinta e cinco empresas foram investigadas e 173 contas bancárias analisadas.
Ainda segundo o delegado, o golpe era aplicado em três etapas: Inicialmente a quadrilha aliciava os empreendedores e pequenos empresários com a promessa de que eles participariam de licitações de obras públicas. Os criminosos pediam que as vítimas aumentassem o capital social da empresa, e muitos deles acabavam contraindo empréstimos que eram revertidos à quadrilha como taxa de contrato.
Na segunda etapa, após os empresários descobrirem que não havia nenhuma licitação e já estando endividados, os golpistas se aproveitavam dessa situação e sugeriam como solução que a empresa fosse passada para eles. No momento da alteração contratual, a quadrilha colocava laranjas para figurar como sócios formando o Grupo Universo, composto por várias empresas administradas pelos criminosos.
Na terceira fase a quadrilha dava continuidade ao pagamento das dívidas adquiridas pelos antigos donos das empresas, aumentavam ainda mais o capital social e contraiam novos empréstimos. Com o dinheiro o grupo adquiriu 82 caminhões que eram alugados a empresas regulares no valor de R$5 mil ao mês. Para conseguir cada vez mais empréstimos os estelionatários realizavam depósitos de grandes valores entre as empresas do grupo mostrando que o faturamento da empresa era compatível com o valor que estava sendo contratado.
As empresas Necesser, Milênio e Catalão eram as principais utilizadas pelo grupo para a lavagem de dinheiro. Eles também criaram uma empresa que terceirizava todos os tipos de serviços para hospitais no Estado da Bahia. Com esta fraude os criminosos lucrariam cerca de R$ 100 milhões.
Os criminosos vão responder por 554 estelionatos, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro.

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